Virada Sustentável e o chamado ao Bem Viver!

Fospa Colombia
Fospa Colombia septiembre 26, 2018
Updated 2019/06/20 at 4:52 PM

Vivemos dias de incertezas e ataques a nossa democracia, aos direitos humanos, aos nossos territórios e ao direito da natureza. O Amapá é um local de importante destaque ambiental no Brasil e em toda Pan-Amazônia, dominado pelo bioma Amazônico, tem 70% de seu território convertido em áreas protegidas. São 5 Terras Indígenas, 31 Terras Quilombolas em processo e 40 regularizadas e 19 unidades de conservação, de proteção integral e uso sustentável.

Nos últimos anos, o estado passa da denominação de “área mais bem preservada” a “última fronteira do agronegócio” por pressão de investidores externos, que buscam mais longe a posse de novas terras baratas para a criação extensiva de gado e a monocultura de larga escala, ameaçando o modelo de desenvolvimento sustentável vivido pelos povos tradicionais da amazônia, já que o agronegócio avança afastado dos centros urbanos e seguindo a vicinais, onde encontram-se pessoas dos mais diferentes estilos de vida e que encontram na natureza seu modelo de ser.

A soja e o boi, que exauriram as terras do centro-oeste do Brasil. Sobem pelo sul do Pará e, hoje, alcançam o extremo norte da amazônia brasileira. Com eles vem o rastro já deixado no estado vizinho – o Pará – legado de destruição da biodiversidade, tanto de áreas privadas quanto públicas, e até mesmo de unidades de conservação, que não conseguiram frear o agronegócio na Amazônia.

Esta atividade econômica se apresenta tão danosa ao modelo de vida sustentável dos povos tradicionais da Amazônia por empregar o excessivo uso de agrotóxicos e fertilizantes químicos, que alteram as propriedades do solo e causam desequilíbrios em corpos d’água e produzem alimentos com alto teor em substâncias químicas industriais. Colocando em risco a vida das pessoas, implicando na derrubada de florestas e perda de vida selvagem e, por alterar a estrutura original do solo, ocasionando em perda de fertilidade. Mas, principalmente, pela transitoriedade dessas atividades, que abandonam as terras não mais produtivas e que um dia foram ricas florestas. Sem nunca dar segurança aos trabalhadores da floresta e do cerrado.

Para quem vive nessa área de conflito de interesses e será diretamente afetado, no passado, presente e futuro, pela alteração da paisagem e perda das funções ecológicas, só resta a luta e resistência, na defesa de nossa ancestralidade e ao direito à vida que escolhemos e não à que nos é imposta. Mediante ao cenário nacional de retirada de direitos e o avanço das políticas de exploração dos recursos naturais. Neste sentido práticas sustentáveis e agroecológicas mostram que é possível viver sem um modelo de vida parasitário, de forma comunitária e colaborativa com todos os outros seres que compõem a grande Mãe Terra.

Com o lema “Resistir é Criar, Resistir é Transformar”, nós guardiãs e guardiões do Bem viver, ouvimos o Chamado da Floresta, para uma missão unificada de nossas vivências. É com essa união que Coletivo Húmus e FOSPA/Amapá está em permanente articulação pautando e fazendo luta e resistência em favor de nossa casa comum.

Viemos pautando uma agenda/processo de: Atividades, oficinas, rodas de conversa, atividades culturais, levantamento de dados, visitas em comunidades, sistematização de vivências e experiências, planejamentos e pesquisas. Para preparar, mobilizar, organizar, criar resistência, articular, denunciar e propor junto aos povos e comunidades tradicionais, os movimentos populares, pessoas, entidades, gestores, mulheres, jovens, universidade e pesquisadores uma caminhada/agenda comum em defesa da vida.

Neste sentido durante a Viradinha sustentável – oficina de composteira doméstica, realizada no dia 20 de Setembro de 2018 na universidade Federal do Amapá (UNIFAP), pautamos o Bem Viver como forma de resistência a defesa do direito da natureza, pois entendemos que as florestas, os territórios, os rios, a terra, tem o seu direito como seres vivos. É com esta unidade que o Coletivo Húmus, o Comitê FOSPA/Amapá, a REPAM, FMCJS, Cáritas/AP, Movimentos de Mulheres, o Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal do Amapá, vem mobilizando, fazendo formação, organizando a resistência, a defesa dos territórios, a defesa da vida.

O objetivo é fazer entender que o que é considerado lixo para uns, é vida, é reciclagem e reaproveitamento de matéria e energia para outros. A vivência colaborativa, realizada no dia 20 de setembro na UNIFAP, contou com a presença de pessoas da sociedade civil, da comunidade acadêmica e entidades diversas para a proposta atividade.

Às 17:00 horas, a Doula Ana Daniele, iniciou a oficina com danças circulares estabelecendo a primeira aproximação entre os participantes com cânticos e músicas, ressaltando a união entre a natureza e as pessoas. Em seguida, Domingos Gomes, agroecólogo que desenvolve seu trabalho há mais de uma década no espaço denominado “Mundo das Plantas”, localizado no distrito da Fazendinha, em Macapá, iniciou sua fala sobre os benefícios da compostagem e a geração de renda com produtos da compostagem e da horta orgânica, com demonstração do biofertilizante produzido e comercializado por ele, apresentando na prática que é possível produzir alimentos sem agrotóxicos e fertilizantes químicos.

Brenda Cunha, acadêmica da Universidade do Estado do Amapá e composteira, iniciou sua fala contando como começou a compostar, mostrando ao público a composteira, sua estrutura, fases e cuidados. Seguindo da parte prática, com o auxílio de furadeiras e facas, cada participante ganhou dois baldes para compor sua própria composteira, finalizando com telas para impedir a entrada de insetos indesejados na composteira.

A atividade terminou com a apresentação da grafitagem feita na lateral do Centro de Vivência (CV) da Universidade e com plantação de um Ipê amarelo na área, simbolizando a necessidade de práticas agroecológicas no Estado do Amapá, como um símbolo de resistência ao modelo de vida que as elites do agronegócio tentam incutir nos povos da Amazônia.

Coletivo Húmus e FOSPA/Amapá – Brasil

_______________

¡Virada Sostenible y el llamado al Bien Vivir!

Vivimos días de incertidumbres y ataques a nuestra democracia, a los derechos humanos, a nuestros territorios y al derecho de la naturaleza. Amapá es un lugar de importante destaque ambiental en Brasil y en toda Pan-Amazonia, dominado por el bioma Amazónico, tiene el 70% de su territorio convertido en áreas protegidas.

Son 5 Tierras Indígenas, 31 Tierras Quilombolas en proceso y 40 regularizadas y 19 unidades de conservación, de protección integral y uso sustentable. En los últimos años, el estado pasa de la denominación de «área mejor conservada» a la «última frontera del agronegocio» por presión de inversores externos, que buscan más lejos la posesión de nuevas tierras baratas para la creación extensiva de ganado y el monocultivo de larga , que amenazan el modelo de desarrollo sostenible vivido por los pueblos tradicionales de la amazonia, ya que el agronegocio avanza lejos de los centros urbanos y siguiendo a los vecinales, donde se encuentran personas de los más diferentes estilos de vida y que encuentran en la naturaleza su modelo de ser.

La soja y el buey, que exaurieron las tierras del centro-oeste de Brasil. Sobran por el sur de Pará y, hoy, alcanzan el extremo norte de la amazonia brasileña. Con ellos viene el rastro ya dejado en el estado vecino -el Pará – legado de destrucción de la biodiversidad, tanto de áreas privadas como públicas, e incluso de unidades de conservación, que no consiguieron frenar el agronegocio en la Amazonia.

Esta actividad económica se presenta tan dañina al modelo de vida sostenible de los pueblos tradicionales de la Amazonía por emplear el excesivo uso de agrotóxicos y fertilizantes químicos que alteran las propiedades del suelo y causan desequilibrios en cuerpos de agua y producen alimentos con alto contenido en sustancias químicas industriales. En el caso de que se produzca una pérdida de fertilidad, la alteración de la estructura original del suelo, ocasionando una pérdida de fertilidad. Pero, principalmente, por la transitoriedad de esas actividades, que abandonan las tierras no más productivas y que un día fueron ricas selvas. Sin nunca dar seguridad a los trabajadores del bosque y del cerrado.

Para quien vive en esa área de conflicto de intereses y será directamente afectado, en el pasado, presente y futuro, por la alteración del paisaje y la pérdida de las funciones ecológicas, sólo queda la lucha y resistencia, en la defensa de nuestra ancestralidad y el derecho a la vida que elegimos y no a la que se nos impone. Mediante el escenario nacional de retirada de derechos y el avance de las políticas de explotación de los recursos naturales. En este sentido prácticas sostenibles y agroecológicas muestran que es posible vivir sin un modelo de vida parasitaria, de forma comunitaria y colaborativa con todos los demás seres que componen la gran Madre Tierra. Con el lema «Resistir es Crear, Resistir es Transformar», nosotros guardianes y guardianes del Bien vivir, oímos el Llamado del Bosque, para una misión unificada de nuestras vivencias. Es con esa unión que Colectivo Humus y FOSPA / Amapá está en permanente articulación pautando y haciendo lucha y resistencia en favor de nuestra casa común.

En el caso de las mujeres, la mayoría de las personas que viven con el VIH / Para preparar, movilizar, organizar, crear resistencia, articular, denunciar y proponer junto a los pueblos y comunidades tradicionales, los movimientos populares, personas, entidades, gestores, mujeres, jóvenes, universidad e investigadores una caminata / agenda común en defensa de la vida. En este sentido durante la Viradinha sustentable – taller de compostela doméstica, realizada el 20 de septiembre de 2018 en la Universidad Federal de Amapá (UNIFAP), pautamos el Bien Vivir como forma de resistencia a la defensa del derecho de la naturaleza, pues entendemos que los bosques, los territorios, los ríos, la tierra, tienen su derecho como seres vivos.

Es con esta unidad que el Colectivo Humus, el Comité FOSPA / Amapá, la REPAM, FMCJS, Cáritas / AP, Movimientos de Mujeres, el Directorio Central de los Estudiantes de la Universidad Federal de Amapá, viene movilizando, haciendo formación, organizando la resistencia, la defensa de los territorios, la defensa de la vida. El objetivo es hacer entender que lo que se considera basura para unos, es vida, es reciclaje y reaprovechamiento de materia y energía para otros. La vivencia colaborativa, realizada el 20 de septiembre en la UNIFAP, contó con la presencia de personas de la sociedad civil, de la comunidad académica y entidades diversas para la propuesta actividad.

A las 17:00 horas, la Doula Ana Daniele, inició el taller con danzas circulares estableciendo la primera aproximación entre los participantes con cánticos y canciones, resaltando la unión entre la naturaleza y las personas. A continuación, Domingos Gomes, agroecólogo que desarrolla su trabajo desde hace más de una década en el espacio denominado «Mundo de las Plantas», ubicado en el distrito de Fazendinha, en Macapá, inició su discurso sobre los beneficios del compostaje y la generación de renta con productos de la producción el compostaje y la huerta orgánica, con demostración del biofertilizante producido y comercializado por él, presentando en la práctica que es posible producir alimentos sin agrotóxicos y fertilizantes químicos.

Brenda Cunha, académica de la Universidad del Estado de Amapá y compostela, inició su discurso contando cómo empezó a compostar, mostrando al público la composición, su estructura, fases y cuidados. En la parte práctica, con el auxilio de taladros y cuchillos, cada participante ganó dos baldes para componer su propia composición, finalizando con pantallas para impedir la entrada de insectos indeseados en la compostela.

La actividad terminó con la presentación del grafado hecho en el lateral del Centro de Vivencia (CV) de la Universidad y con plantación de un Ipê amarillo en el área, simbolizando la necesidad de prácticas agroecológicas en el Estado de Amapá, como un símbolo de resistencia al modelo de vida que las élites del agronegocio intentan inculcar en los pueblos de la Amazonia.

Coletivo Húmus e FOSPA/Amapá – Brasil

Share this Article